Quando Manipulam as Palavras.
Investigador no Centre National de la Recherche Scientifique (Laboratório de Sociologia da Cultura, em Strasburgo) e Professor na Universidade de Paris I Sorbonne, PHILIPPE BRETON, tem uma editada na Editorial Caminho, cujo título é bastante sugestivo: «A Palavra Manipulada». Segundo este autor,«(...) As manipulações da palavra são hoje correntes nas sociedades modernas. A democracia parece estar ameaçada pela proliferação das técnicas que podem levar-nos, sem que nós tenhamos consciência disto, a adoptar determinado comportamento ou determinada opinião».
Mas este pensador francófono vai mais longe no seu raciocínio, avançando com numerosos exemplos tirados dos domínios da política, da publicidade, da psicoterapia e da comunicação, no fundo, as diversas técnicas que acabam por saturar todo o nosso meio. BRETON não se limita a pôr a nu as técnicas de manipulação, que ele distingue das técnicas de argumentação. Este pensador também nos propõe uma análise das fraquesas das sociedades modernas e abre algumas pistas que possam reanimar a palavra como utensílio vivo da Democracia.
«(...) A nossa sociedade descobre mais um pouco, a cada dia que passa, que não é possível fazer tudo - criticar em regimes políticos amaldiçoados os métodos manipulatórios e propagandísticos do vizinho mas aplicá-los em sua própria casa, no universo do consumo, da saúde e da vida pública. Há muitas pessoas, já sensíveis à manipulação, que não se dispõem a deixá-la expandir-se desenfreadamente deixando campo livre - para falar destes - aos adeptos da extrema direita e a negociantes sem escrúpulos. A nossa sociedade tem de proteger-se a si própria e tem de proteger os seus membros mais frágeis no aspecto das influências.
Talvez seja tempo de se reflectir sobre as condições da expansão de uma verdadeira liberdade de palavra para que melhor se realize a Democracia». p.216
E o você que acabou por dar uma espreitadela em "Jornalismo Alternativo", o que acha da manipulação das palavras? Deixe o seu comentário.
Mas este pensador francófono vai mais longe no seu raciocínio, avançando com numerosos exemplos tirados dos domínios da política, da publicidade, da psicoterapia e da comunicação, no fundo, as diversas técnicas que acabam por saturar todo o nosso meio. BRETON não se limita a pôr a nu as técnicas de manipulação, que ele distingue das técnicas de argumentação. Este pensador também nos propõe uma análise das fraquesas das sociedades modernas e abre algumas pistas que possam reanimar a palavra como utensílio vivo da Democracia.
«(...) A nossa sociedade descobre mais um pouco, a cada dia que passa, que não é possível fazer tudo - criticar em regimes políticos amaldiçoados os métodos manipulatórios e propagandísticos do vizinho mas aplicá-los em sua própria casa, no universo do consumo, da saúde e da vida pública. Há muitas pessoas, já sensíveis à manipulação, que não se dispõem a deixá-la expandir-se desenfreadamente deixando campo livre - para falar destes - aos adeptos da extrema direita e a negociantes sem escrúpulos. A nossa sociedade tem de proteger-se a si própria e tem de proteger os seus membros mais frágeis no aspecto das influências.
Talvez seja tempo de se reflectir sobre as condições da expansão de uma verdadeira liberdade de palavra para que melhor se realize a Democracia». p.216
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